segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Centenários


ReutersA dieta tradicional japonesa é o principal fator pela longevidade no país O Japão é um dos países com o maior número de centenários: 17.934 (em uma população de 120 milhões), segundo o Ministério da Saúde. A maior parte deles está em Okinawa, ilha ao sul do Japão. Esse número tende a aumentar, já que, há dez anos, não havia sequer 9 mil centenários no arquipélago. Em 2020, o Japão será o país com mais idosos no mundo (31% da população), segundo a OMS. Atualmente, a Grécia e a Itália são as nações com pessoas com mais de 65 anos) na população: 23%. O Japão tem hoje 18,5% (cerca de 22,2 milhões de pessoas).
Mais de 60% dos centenários japoneses são mulheres. Ainda não se sabe por que a mulher sempre vive mais, em qualquer parte do mundo. Uma das explicações é que elas têm menos hábitos auto-destrutivos. Outra razão é a genética. Segundo o cardiologista japonês Makoto Suzuji, a genética responde por 1/3 dos fatores envolvidos em uma longa vida, segundo seu livro The Okinawa Program, que mostra por que os idosos de Okinawa têm a vida mais longa do globo. Ou seja, se tem antepassados que viveram muito, as chances de a pessoa viver mais são grandes. Segundo o livro, o principal fator para a vida longa na ilha é a dieta de vegetais, frutas, peixe, frutos do mar e moderação.
Em Okinawa, idosos consomem 25% dos níveis do sal e açúcar que costumam ser digeridos no restante do país. Também comem duas vezes mais peixe e três vezes mais vegetais que os demais nipônicos.
A ilha é o lugar do Japão onde se comem mais algas, ricas em minerais e fibras saudáveis, além de muito tofu e natô, ricos em soja. O prato nacional de Okinawa é o goyaa champuru, uma mistura cozida de carne de porco, tofu, ovos, grãos de soja e goyaa — um vegetal local amargo, rico em polifenol.

Essa substância é um pigmento — encontrado também no vinho tinto – que retarda o envelhecimento das células. Outra vantagem de Okinawa é o modo como os idosos lidam com o estresse. Fortes laços sociais e o espírito comunitário garantem uma maneira positiva de viver o dia-a-dia.
Apesar de não haver provas científicas, a maioria dos especialistas concorda que os japoneses vivem mais também por fatores genéticos. “Ainda não há provas concretas, mas a raça japonesa talvez carregue genes da longevidade”, afirma Kyoji Ikeda, geriatra do Instituto Nacional das Ciências da Longevidade. Segundo Ikeda, outro ponto relacionado aos genes que podem contribuir para a vida longa dos japoneses é o fato de que houve poucas misturas de etnias no Japão. O médico-geriatra Yasuyoshi Ouchi, da Universidade de Tokyo, concorda. “Nos Estados Unidos, por exemplo, há muitas etnias e misturas.
E as pessoas das etnias que respondem mal ao ambiente e morrem diminuem a longevidade. Como o Japão é formado por praticamente uma só etnia (e ela responde bem ao ambiente), a expectativa de vida não chega a ser reduzida por esse motivo”, acredita Ouchi.

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Acessado em<http://madeinjapan.uol.com.br/2006/07/03/longevidade-o-segredo-da-dieta-japonesa/>

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